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Câmara recebe apresentação da Afasc sobre inclusão de crianças com deficiência na educação infantil

A Tribuna Livre da 19ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Criciúma, realizada nesta terça-feira (8), contou com a participação de representantes do Departamento de Educação Infantil (DEI) da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc). A presença foi a convite da vereadora Gorete Corrêa Boaroli (PSD) e teve como objetivo apresentar como é feita a inclusão de crianças com deficiência nos Centros de Educação Infantil (CEIs) mantidos pela instituição.

Durante a explanação, a psicóloga educacional da Afasc, Maria Alice Custódio, explicou como funciona o processo de acolhimento das crianças com deficiência na rede, desde a matrícula até o acompanhamento individualizado, sempre com foco na segurança e no bem-estar dos pequenos.

“Quando os pais chegam no CEI para fazer a matrícula, existe um questionário de anamnese. Esse questionário foi formulado pela equipe multidisciplinar. Temos uma equipe formada por mim, a psicóloga; a Camila, orientadora de educação inclusiva; um fisioterapeuta, uma nutricionista e uma dentista. A única que realiza atendimento clínico é a dentista. Os demais atuam no sentido educacional, dando suporte ao CEI e às famílias”, detalhou Maria Alice.

Ela ressaltou que, após a matrícula, é realizado um encontro entre a equipe da Afasc e os responsáveis, para compreender em profundidade as necessidades específicas da criança antes do início das atividades no CEI. “É uma questão de segurança. Temos crianças com síndromes raras, que precisam de autorização médica para frequentar o Centro Educacional. Todo esse cuidado visa garantir o melhor atendimento para as crianças PCDs [Pessoas com Deficiência] dentro da instituição”, completou.

A psicóloga também destacou que, quando a criança já está matriculada e o laudo chega posteriormente, o suporte é reavaliado junto à equipe pedagógica e à família. “Orientamos o CEI, damos suporte às professoras e dialogamos com os responsáveis. Todo o trabalho precisa ter o aval da família para que possamos promover um desenvolvimento seguro e individualizado.”

A orientadora de Educação Inclusiva da Afasc, Kalila Daminelli, também participou da apresentação, trazendo um panorama histórico sobre a inclusão no Brasil e destacando a importância do olhar atento no atendimento às crianças com deficiência. “Desde 1869, com os asilos de inválidos da Guerra do Paraguai, já se falava em inclusão. Mas foi com a Lei Brasileira de Inclusão, em 2015, que o tema ganhou força. Nos CEIs, as crianças passam até 12 horas por dia, então precisamos de um olhar individualizado e sensível”, afirmou.

Kalila também apresentou o projeto de Cinoterapia, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o 9º Batalhão da Polícia Militar, que oferece sessões semanais com cães do canil da PM para crianças com deficiência atendidas pela Afasc. “Um CEI participa por semana, com transporte feito pela própria instituição. Já tivemos resultados emocionantes, como a primeira fala de uma criança durante uma das sessões. É um momento de desenvolvimento e vínculo”, relatou.

Além disso, Maria Alice e Kalila estão à frente da formação “Educação Inclusiva: Uma imersão pedagógica”, voltada à capacitação dos profissionais da rede infantil. A formação, que começou pelas diretoras dos CEIs, busca garantir que as necessidades e potencialidades de cada aluno sejam respeitadas.

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