“Cortaram ela toda e agora está lá aberta, com o sangue escorrendo para o mar, cachorro passando e levando pedaços e ninguém faz nada. É decepcionante”, diz uma moradora do Balneário Campo Bom, em Jaguaruna, sobre a carcaça da baleia da espécie baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei), de cerca de sete metros e com mais de cinco toneladas.

O animal encalhou na quinta-feira, dia 13, na praia e equipes de monitoramento e voluntários realizaram uma força-tarefa para tentar o desencalhe, porém, sem sucesso. Após mais de 48 horas encalhada, a baleia morreu na madrugada deste sábado, dia 15.

No decorrer do dia, as equipes de biólogos, veterinários, pesquisadores, com apoio da Polícia Militar Ambiental de Laguna, voltaram à praia para realizar a autópsia. O procedimento durou cerca de duas horas, quando os profissionais abriram a carcaça e retiraram os órgãos internos para análise e estudos.

O 3º Sargento da Polícia Militar Ambiental de Laguna, Robson Vieira, explica que as equipes envolvidas seguiram o protocolo de desencalhe e fizeram os procedimentos cabíveis e cabe à prefeitura a responsabilidade de recolhimento e remoção do animal para enterrar em local apropriado.

“Desde o início do encalhe deste animal foi acionado o protocolo de encalhe de cetáceos marinhos. Dentro das entidades que fazem parte do protocolo está a prefeitura do município, que teria que disponibilizar maquinário para fazer a remoção do cetáceo morto. Ligamos para os responsáveis para fazer a retirada do animal do local assim que terminasse a autópsia, pois é uma questão de saúde pública. O serviço já deveria ter sido executado ontem”, explica o sargento.

Em contato com o Instituto do Meio Ambiente de Jaguaruna (IMAJ) foi informado à Polícia Militar Ambiental que a carcaça será recolhida nesta segunda-feira, dia 17.

Neste domingo, moradores e pescadores da região compartilham fotos e vídeos da carcaça exposta na praia reclamando da situação e dos riscos de contaminação no local.